domingo, 30 de setembro de 2012

7º dia: ainda Lisboa


Acordei e desci para tomar um espresso no bar do hotel. Aproveitei e entrei na internet, já que não havia ninguém ocupando os terminais, e respondi uns e-mails dos meus filhos. Mary desceu e saimos para tomar o café da manhã (pequeno almoço, como eles dizem por aqui...). Resolvemos testar outro lugar e pegamos a rua paralela a do hotel. Entramos numa cafeteria, sentamo-nos e pedimos duas "tostas" com presunto e queijo (nosso tradicional e conhecido misto quente...) e café com leite. Demorou muito para chegar nosso pedido! Decisão: voltar para o café "O Fogão", amanhã. Descemos a pé até próximo à Praça do Comércio, onde embarcamos no"eléctrico" 28, em direção a Prazeres, ou seja, nadireção contrária aquela que tínhamos ido no outro dia. Já haviam nos alertado para termos cuidado com a carteira, pois os punguistas, lá chamados de "carteiristas", gostam de atacar os turistas no interior dos bondes, principalmente. Não é a toa que este cartazda foto ao lado está afixado no interior de todos eles. Eis que, no decorrer da viagem, um passageiro chega até o condutor e pede para que ele pare o veículo, feche todas as portas e chame a polícia: havia um gatuno a bordo, agindo lá no banco de trás, que ele tinha visto e exigia que algo fosse feito. Discute daqui, resmunga dali, tenta ligar para a polícia com o celular e o meliante força a porta traseira e, como diríamos no Brasil, "vaza"! Até o presente momento não sabemos se ele teve êxito na sua tentativa de roubo...O disse-me-dissecontinua mas não havia mais o que ser feito. A polícia não aparece, ficamos parados ali naquele calor por quase meia hora e, então, os passageiros exigem que o bonde seguisse a viagem. E assim foi feito! Descemos no final da linha, em frente a um cemitério: "Prazeres"? Não entendi... E não havia nada de interessante para fazer ali. Embarcamos no mesmo bonde, de volta, e descemos no bairro denominado "Chiado". É ali que fica o famosíssimo café "A Brasileira", onde está uma estátua, em bronze, de Fernando Pessoa, frequentador assíduo e figura carimbada do local. Na cafeteria ao lado desta experimentamos um saboroso "croissant" recheado com chocolate, especialidade da casa, acompanhado com um bom espresso. Dali descemos a pé novamente até a Praça doComércio , onde tomamos um "comboio", que é um bonde mais moderno, com dois vagões e ar condicionado, seguindo até Belém, onde visitamos a torre, o Mosteiro dos Jerônimos, o monumento "Padrão do Descobrimento" e, depois, como não poderia deixar de ser, fomos degustar os também tradicionais "Pastéis de Belém", na origem! Realmente são muito saborosos. Dá vontade de comer muuuuiiitos!!! Acompanhados por um vinho do Porto, então! Após a degustação pegamos o "comboio" de volta e depois o metrô, em direção ao hotel. Antes, porém, demos uma paradinha num centro comercial perto dele, chamado "Twin Towers". Compramos água, vinho branco "nacional", como de praxe, e um pacote de biscoitos salgados tipo aperitivo. Após um bom banho saimos para jantar. Programamos ir à Cervejaria Trindade, recomendada pela revista Veja Especial Lisboa, na "Baixa", bairro antigo projetado e construido pelo Marquês de Pombal por volta do ano de 1755 (conforme a Wikipedia...), com as ruas de traçado geométrico paralelas e um casario muito bonito. Pena que estava "LOTADO" e desistimos. Nós não tínhamos ido a Portugal para enfrentar filas, principalmente para comer... Perto dele achamos uma "Tasca", o Restaurante Estibordo, que é como os lusitanos chamam os restaurantes mais modestos e "locais", os quais normalmente oferecem um cardápio bem tradicional. Para se ter idéia da simplicidade, quando chegamos lá o dono, Luis, e seus filhos, estavam jantando e pararam para nos atender... Pedimos e saboreamos um bom bife de "vazia" (um generoso pedaço de macio contra-filé) e outro de carne suina, batatas fritas crocantes e arroz. E o vinho "da casa"! Após o jantar Mary engrenou uma conversa com a cozinheira e esposa do dono, Srª Maria João, ocasião em que trocaram receitas, etc. Encerrados o jantar e as conversas, pegamos o metrô, voltamos ao hotel, mais meia tacinha de vinho e ... cama !
Referência gastronômica: 
Restaurante Estibordo, Travessa João de Deus, 14

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