Acordamos por volta das 8 da manhã, tomamos nosso café, preparamos os dois sanduíches de praxe, pagamos a conta (35 euros), embarcamos no SEAT e pegamos a estrada em direção a "Penamacor", distante uns 50 km. Mais um dia de calor intenso nos aguardava... Chegando lá fomos diretamente procurar o Posto de Informações Turísticas e a atendente não deu muita importância a nossa presença: digitando algo no computador estava e digitando algo no computador ficou... Deixamos o Posto para não incomodá-la (!) e saimos para fazer uma pequena caminhada nas proximidades. Vimos e andamos por ruínas e ruelas, tiramos algumas fotos e resolvemos alterar os planos que havíamos traçado anteriormente: ao invés de visitarmos outros sítios históricos, castelos e coisa e tal, que tal irmos para uma praia, já que o calor estimula um banho de mar? A idéia foi imediatamente aceita, só que depois decidiremos para qual praia vamos. Mary sugeriu visitarmos, hoje, Marvão, situada no alto da Serra de São Mamede (onde
Controle, é praticamente uma fronteira seca! Tiramos estas conclusões consultando a internet na Biblioteca Pública da cidade, onde sua utilização é gratuita. E lá fomos nós: 35 km rodando e chegamos a "Alcântara", cidade medieval espanhola cujo acesso se dá por uma ponte, da época dos romanos, sobre o Rio Tejo. Na cabeceira da ponte, do lado português, há um quiosque onde encontramos vários produtos do artesanato local à venda e onde
Fórmula 1, se não me engano o Grande Prêmio de Cingapura. A algazarra era imensa e imagino que a quantidade de cerveja ingerida até então, também! Retornamos ao carro e Mary seguiu dirigindo até "Marvão". A vila está "encravada" no topo de uma montanha de granito e é uma atração bastante concorrida no circuito turístico. Demos umas voltas pelas ruelas até que encontramos (!) a "lojinha de artesanatos". Para variar, compramos algunssouvenirs...(brincos de prata e azeite). Depois, sentamos numa mesinha de um bar, em sua área descoberta e, debaixo de um sol escaldante, enquanto apreciávamos a belíssima paisagem, formada pelas montanhas e pela vista de outras vilas espalhadas pela região, degustamos uma geladíssima
"Superbock" imperial, ou seja, um choppna tulipa, porque "ninguém é de ferro"! Durante estes momentos de contemplação, consultamos nosso mapa rodoviário e decidimos que iríamos dormir em Portalegre(escreve-se tudo junto, mesmo...), a uns 20 km de onde estávamos. É, talvez, a cidade próxima de Marvão com mais recursos, pois já teve sua importância quando do auge da indústria da lã, além de produzir muita cortiça, a pecuária, os produtos derivados do leite e os vinhos. Chegamos na cidade por volta das 8 da noite e ainda estava claro. Rodamos procurando um hotel para pernoitar e encontramos um "residencial", a "Pensão Nova", no centro. A porta de entrada estava trancada, então tocamos a campainha, mas não apareceu niguém para nos atender! Tentamos encontrar algum outro residencial ou mesmo um hotel por ali, e nada...Da janela do carro Mary pediu a um senhor de idade, que passava, informações a respeito de hotéis na cidade e ele nos indicou o "Quinta da Saúde", lá no alto daquele morro, "estão a veire"? Então, depois de várias explicações de como chegar lá e de um indesejável banho de
saliva, partimos em direção ao hotel, mas não conseguimos encontrá-lo! Resolvemos retornar até o centro e perguntar a outras pessoas. Uma senhora a quem abordamos nos sugeriu o "Hotel Turismo São Mamede Congress and Spa", na saída para a cidade de Elvas. Este nós achamos (ufa!). É um três estrelas, inaugurado neste ano, moderno, muito bem arrumado. A diária? €65, com o "pequeno almoço" incluido. Depois de debatermos bastante o assunto, resolvemos que era nele mesmo que iríamos ficar, afinal merecemos um tratamentovip, de vez em quando... Nos registramos, subimos, tomamos um salutar banho e saímos para jantar. Pedimos sugestões ao gerente do hotel e ele nos recomendou o "X'xas" (é assim mesmo que se escreve - fazer o quê?), que fica bem perto dali, num bairro novo. Está a exatamente dois minutos do hotel, de carro. Não tinha quase ninguém lá mas, sem dúvida, "naquela altura do campeonato", era
conosco, dando-nos "dicas" sobre a "Feira de São Mateus", em Elvas, 60 km no sentido sul, que é para onde ele irá após fechar o restaurante, esta noite. A festança acontece todos os anos há mais de 2 séculos. São romeiros que vão para acompanhar a Procissão dos Pendões e para vender seus produtos regionais, principalmente da gastronomia e artesanatos. Porém, não estava em nossa programação nos aventurarmos por lá, já que temos que seguir viagem amanhã, pela manhã. Agradecemos muito a hospitalidade e o carinho com que o Sr. Luiz nos recebeu, pagamos a conta (23 euros) e voltamos ao hotel. No quarto, tomei mais uma taça de vinho, tentamos ver um filme na TV, mas ainda não foi desta vez: dormimos...
Referência gastronômica:
- Restaurante O X'xas, Rua José Veríssimo, 17-19, Cooperativa Johnson, Portalegre
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