domingo, 30 de setembro de 2012

11º dia: outro no Porto


Dormi bem prá caramba! Acordamos por volta das 7 horas e descemos para tomar nosso café da manhã no hotel. Subimos quando terminamos e, enquanto eu colocava minhas leituras em dia, Mary aproveitou a varanda do nosso quarto para fazer uns exercícios deKumon, que ela está utilizando para aperfeiçoar seus conhecimentos da língua inglesa. Aliás, acho que o nosso quarto é um dos poucos com varanda, voltada para o sol da manhã, com espreguiçadeira e tudo... Neste dia saí vestindo roupas de verão (bermudas), pois o céu estava limpíssimo, não tinha uma nuvem e a temperatura prometia subir bastante. Nesta hora da manhã ainda fazia um friozinho, na sombra. Porém, se saíssemos dela , já fazia calor! Deixamos o carro estacionado onde estava e fomos caminhando até o centro, prá variar. Uns 40 minutos... Pelo caminho entramos em várias igrejas bem antigas, mas ricas em seus interiores. Achei estranho a quantidade de pedintes nas portas das igrejas: pessoas até que bem vestidas, homens e mulheres, adultos e jovens, pedindo esmolas! E olhem que aqui no Porto o que não falta é igreja! Visitamos a Igreja de Santo Idelfonso e a Torre dos Clérigos. Na calçada em frente a esta estava acontecendo uma feira de pássaros, onde se expunham e vendiam, além de várias espécies de aves, gaiolas, alimentos, artesanatos, etc. Nos surpreendeu, também passando por ali, um desfile de automóveis antigos, muito bem conservados, na sua maioria "Citroens" daquele modelo da década de 60, apelidados de "cara desapo". Dali continuamos nossa caminhada em direção à Igreja da Sé, onde muitos ônibus de excursão estavam estacionados enquanto outros chegavam e "despejavam" grupos de turistas da "melhor idade", vindos de diversos países, com sua característica cor "branco vela", devidamente munidos de suas câmeras digitais, registrando tudo. Daí seguimos para a "Beira", ou seja, amargem do rio Douro. É uma região muito frequentada pelos turistas, onde estão vários restaurantes e bares, lojas de artesanatos e de vinho "do Porto" e, ainda, é onde se tomaembarcações que fazem um "tour" ao longo do rio. Depois de fazermos um passeio pela calçada e no interior de algumas lojas, comprei uma miniatura de um "rabelo", aquele barco típico que levava, em tempos idos, os barris de vinho desde a produção até aqui, para futuro embarque para a Inglaterra, o maior consumidor dos mesmos. Mas a sede apertou e sentamo-nos num dos bares, o "Muralha da Batalha", onde tomamos cerveja Sagres (canecas de 500 ml, geladíssima...), saboreamos uns bolinhos de bacalhau, umas azeitonas e uns "risóis" (rissolis, aqui no Brasil) enquantorecebíamos uma "aula" de história da região, contada pelo Victor, filho dos donos do estabelecimento e que nos atendia. A vista de onde estávamos é fantástica: vemos Vila Nova de Gaia, na outra margem do rio, com seu casario e armazéns de vinho, além dos barcos, uns atracados e outros navegando. Passada a sede, vamos agora procurar um restaurante, chamado "Rosemy", onde, segundo as revistas especializadas, servem-se as melhores "Tripas à moda do Porto", que estavam em nossos planos experimentar. Caminhamos bastante, perguntamos bastante e, finalmente, o encontramos. Só não nos informaram que este prato é tradicionalmente preparado e servido SOMENTE às QUINTAS-FEIRAS! Daí, SURPRESA: hoje é DOMINGO, ou seja, NÃO TEMOS "Tripas à moda do Porto"... Como já estava tarde e, após esta nova caminhada, nossos estômagos estavam quase "colando"! Ficamos por ali mesmo e pedimos duas "Francesinhas" completas, preparação também tradicional e característica de Portugal: é um sanduíche feito com uma fatia de pão de forma, um bife grelhado, uma salsicha e uma linguiça, partidas ao meio no sentido do comprimento, grelhadas, outra fatia de pão de forma, uma fatia de queijo derretido por cima, coberto com um molho "secreto" de tomates "especial da casa" e um ovo estalado sobre tudo, acompanhado por batatas fritas (ufa!). Tomei duas cervejas escuras SuperbockBoemia em garrafas "long necke Mary pediu um refrigerante local, chamado Frize, que tem gosto de chiclete tutti-frutti, do qual ela não gostou (nem eu!). Durante a caminhada até o restaurante nos deparamos com quatro bandas de música (fanfarras) tocando de modo ensurdecedor, cada uma mais alto que a outra. Descobrimos, então, que era época das eleições municipais e estaduais e as bandas tocavam para animar os comícios e chamar o povo para participar! Após esta "orgia gastronômica" fomos a pé até a estação do metrô mais próxima, a "24 de Agosto", distante uns 6 quarteirões de onde estávamos. A tentarmos comprar os bilhetes na máquina, descobrimos queela só aceitava moedas e nós não tínhamos nenhuma, naquele momento. Saimos da estação, então, e eu tomei um espresso num bar ao lado, onde consegui trocar o dinheiro. Aí conseguimos comprar os tickets e embarcamos no primeiro comboio rumo a estação Casa da Música, quase ao lado do nosso hotel. Passamos pelo shopping para acessarmos a internet. Conversamos com nossa filha pelo Skype, respondi alguns e-mails e fomos para o hotel. "Aquele" banho e, para encerrar o dia, degustamos o restante do vinho de ontem. E foi só, por hoje... (zzzzzzzzzz.....).
Referências gastronômicas:
- Bar Muralha da Batalha, Rua Cabo Simão, Beira, Porto
- Restaurante Rosemy, Rua de Santos Pousada, 653, Bonfim, Porto

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