domingo, 30 de setembro de 2012

13º dia: Barcelos, Viana do Castelo, Guimarães


Hoje iríamos deixar a cidade do Porto para trás. Acordamos e descemos para tomar nosso café da manhã. Aproveitamos que já estava tudo incluído na conta e preparamos dois belos sanduiches de presunto e queijo "para viagem". Embrulhamo-os em guardanapos de papel e colocamos na mochila que Mary carregava junto com ela todos os dias, onde ficavam nossos passaportes, bilhetes aéreos, câmera fotográfica, etc. Enquanto ela foi ao nosso quarto terminar de arrumar as malas, eu fui pegar o carro para levá-lo mais para perto do hotel. Durante o percurso até onde estava o veículo (ou deveria estar...) deu aquele friozinho na barriga: será que ninguém mexeu nele? E, graças a Deus, estava lá nosso SEAT Ibiza, no mesmo lugar, nos aguardando! Ufa, que alívio! Estacionei-o em frente ao hotel e fui buscar as malas. Enquanto eu carregava o carro, Mary pagou a conta. E lá fomos nós, em direção a Viana do Castelo, hoje. Não é longe: mais ou menos 80 km. Aliás nada é longe, em Portugal, já que o país mede 600 km de comprimento por 200 de largura! Abastecemos de combustível nocaminho e deixamos a estrada em que estávamos para irmos até a cidade praiana de Póvoa do Varzim. Paramos num Posto de Informações Turisticas, comuns em todas cidades e conseguimos, ali, vários mapas com muitas informações sobre toda a região norte do país. No trajeto até aqui o "bip" no painel do carro tocou por duas vezes e não sabíamos o que poderia ser.Achamos esquisito e tentamos encontrar uma oficina autorizada na cidade, mas não há e nos informaram que talvez haja em Barcelos . Depois de rodarmos uns 60 km, chegamos à cidade onde o símbolo é o tradicional "Galo". Estacionamos o carro e demos umas voltas pelo seu centro histórico, onde há uma praça muito bonita e bem cuidada, o antigo Largo da Feira, hoje Campo da República, onde se encontra a setecentistaIgreja do Bom Jesus da Cruz, e da Nossa Senhora do Terço e onde se realiza a maior feira de artesanato do país, todas as quintas-feiras. Como não podia ser diferente, compramos alguns exemplares do artesanato local e seguimos adiante,já que a oficinaautorizada não existe. O próximo destino éViana do Castelo, situada quase na fronteira com a Espanha, a qual possui um porto importante para a pesca e para a movimentação de diversos tipos de cargas. Fica lá, também, a Igreja de Santa Luzia, no alto do monte de mesmo nome, que pode ser acessado por um funicular que o liga até a estação ferroviária. A vista do alto é fantástica! Na cidade conseguimos encontrar uma revenda autorizada SEAT. Chegando lá fomos prontamente atendidos e, após conectarem um computador ao veículo, constataram que o motor estava superaquecendo já que o "relê" que aciona o ventilador precisa ser substituído. Eles não tem a peça e nos indicam outra revenda, em "Vila do Conde", 15 km ao sul, onde poderíamos encontrá-lo. Seguimos na direção sul, resolvemos parar num posto de gasolina e telefonar para a "Assistência Técnica" da Interrent, já que havíamos pago um seguro para cobrir este eventos, 24 horas por dia. Ligamos e a pessoa que nos atendeu disse-nos que poderia enviar um reboque e que, então, ficaríamos "a pé" até que colocassem outro carro para substituí-lo. E que isto poderia demorar de 4 a 5 horas!!!! Resolvemos voltar ao Porto para trocarmos de carro, já que na lá, na estação ferroviária "Covilhã" é onde está o escritório mais próximo da Interrent. Chegamos à cidade enfrentando um enorme engarrafamento de trânsito e teríamos que estar na locadora até às 18 horas, quando ela encerra seu expediente. Corríamos contra o tempo! Já no Porto paramos num posto de combustível para pedir informações de como chegar até a estação. E uma "alma boa", um "gajo" que acabava de abastecer seu automóvel, mandou que o seguíssemos, pois nos levaria lá. E foi nossa sorte: depois de percorrermos um trajeto que, sozinhos, não iríamos descobrir nunca, entrando numas ruas e saindo de outras, exatamente às 17:55 estacionei em frente à estação Covilhã e Mary saiu correndo para encontrar o escritório da Interrent. Dois minutos depois chegou ela com a Sônia, atendente de plantão, que nos indicou o caminho até o estacionamento e nos colocou a disposição outro SEAT Ibiza, só que mais novo. Passamos as malas para este carro, agradecemos muito à Sônia pela atenção e presteza e colocamos, novamente, o "pé na estrada". Resolvemos seguir até Guimarães, o "berço" de Portugal, distante 53 km. Lá chegando encontramos um hotel da rede Ibis e nos acomodamos nele (39 euros por noite para o casal, sem café da manhã). Estacionamos na rua, quase em frente ao hotel. Tomamos um bom banho e saimos para jantar, já que, durante todo o dia, só havíamos nos alimentado com os "sandubas" que havíamos preparado no hotel, no Porto. Na recepção do Ibis nos recomendaram 3 opções de restaurantes, todas no centro histórico, distante dali 5 minutos, a pé. Depois de uma pesquisa "in loco", escolhemos o "Paraxut". Comemos, de entrada, três tipos de pães muito saborosos, grão de bico cozido, bolinhos de bacalhau, azeitonas e risóis de carne, acompanhados por uma taça do vinho da casa, um "branco verde". Depois pedimos arroz de pato e "secretos" de porco preto (são uns bifinhos fritos de carne de porco...) com batatas, os quais acompanhamos por um tinto "maduro", também da casa: o garçon, Bruno, nos trouxe um vinho "Frei Bernardo", tinto da "Beira", bastante encorpado. Gostamos! Levamos metade desta garrafa de vinho para o hotel. A conta: 40 euros, com gorjeta e tudo. Retornamos ao hotel e Mary foi para o quarto. Eu aproveitei para entrar na internet (aqui também tem um terminal free, no saguão) mas nossos filhos não estavam on line. Subi e encontrei Mary já entregue "aos braços de Morfeu", no 3º sono... A televisão estava ligada e passava, acredite se quiser, a novela "Caminho das Índias", só que alguns capítulos atrasada em relação ao Brasil. Deitei-me e dormi, também.
Referência gastronômica: - Restaurante Paraxut, Rua de Santa Maria 21/23, Guimarães

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