domingo, 30 de setembro de 2012

3º dia: continuamos em Paris

Acordei muito cedo, hoje! São 5:50 da manhã e ainda está escuro! Aproveitei para colocar minhas anotações em dia. Às 8:45 chamei Mary para levantarmos e irmos tomar café, no hotel mesmo. Quando fiz as reservas nele, as fiz sem o café da manhã. Mas chegamos à conclusão que vale a pena pagarmos 4€70 para cada um por dia! É bem farto: sucos de laranja e de maçã, baguette e outros dois tipos de pão, bolo, geléias, mel, dois tipos de queijo, iogurte, cereais, leite e, obviamente, café! Saímos por volta das 10 da manhã, pegamos o trem em direção ao final da linha na estação atrás do hotel, saltamos na estação seguinte, passamos para a outra linha e pegamos outro comboio até Les Halles. Descemos dentro de um shopping. Fomos procurar a ruaMontorgueil, só para pedestres e que é uma graça. Para quem curte gastronomia, então... É uma rua não muito extensa, deve ter umas seis quadras. Em seus dois lados muitos bistrôs, lojas especializadas em queijos, em embutidos, em azeites, em frutos do mar, sucos, sorvetes, boulangeries (padarias), etc. Mary comentou que parece com a rua de lazer de Domingos Martins, cidade do interior do estado doEspírito Santo, Brasil, onde temos uma casa de campo. Quem dera! Ali, aos sábados, há uma feira na rua. Vários produtores rurais armam suas barracas e vendem seus produtos artesanais: frutas, verduras, legumes, queijos, embutidos, azeites, pães, bolos, biscoitos, e muito mais. Ela fica com um colorido maravilhoso, e os aromas, nem se fala! Seguimos viagem procurando a lojaDehillerin,especializada empanelas de cobre e muitos outros apetrechos para cozinha: (rua Coquillérre, 18). Realmente é uma “coisa de doido”! Tem de tudo e mais um pouco! Ospreços é que não permitem muitas compras... Afinal de contas, são de ótima qualidade e tem que se pagar por isso.! Na loja apareceu um rapaz carregando um skate. Como somos conhecidos como "pé-com-rodinhas", pois em nossas viagens eu e Mary andamos muuuuiiiito a pé, resolvi fazer uma brincadeira: pedi emprestado o skate para tirar uma foto. Ele emprestou e eu, literalmente, era o próprio"pé-com-rodinhas" em Paris! Dali voltamos à ruaMontorgueil, para Mary tomar um suco de frutas feito na hora, numa lojinha por ondehavíamos passado. Ela estava sentindo que uma gripe queria pegá-la e era melhor prevenir. Saindo da lanchonete demos de cara com umdesfile de uma banda de música e um grupo de meninas, com uniforme escolar. Mary se meteu no meio do desfile mas não descobriu em homenagem a quem ou a que se devia aquilo. Depois seguimos em direção ao CentroGeorge Pompidou.Na praça em torno dele havia um artista meio circense, meio que "stand up show", se apresentando, fazendo piadas com quem passava ali e divertia um monte de gente que parou e sentou-se no chão para acompanhar. Entramos no Centro, subimos até o último pavimento e fizemos boas fotos da cidade lá de cima. Saímos e eu queria tomar uma cerveja. Resolvemos procurar uma cervejaria chamada "Au Trapiste", na ruaSaint Denis. Andamos por ela quase toda (uns dois quilômetros!) e não achamos a cervejaria. O trecho da rua quase chegando a um arco pareceu-nos barra pesadíssima! Senhoras "de vida fácil" vestidas a caráter e "rodando a bolsinha" nas calçadas, casas de show pornôs, malandros circulando... Seguimos em frente, rapidinho! O trecho após o arco pertence aos descendentes de árabes, turcos, chineses, indianos, etc. O comércio local é de artigos voltados para este público. Não ficamos muito confortáveis andando por ali. No final da rua encontramos oMarché Saint Quentin, onde entramos. Mais uma vez a gastronomia compulsiva falou mais alto: uma verdadeira aquarela de frutas, verduras, aves, carnes, coelhos, tudo muito fresco e convidativo às compras. Mas estamos num hotel, não iremos cozinhar... Numa das bancas um rapaz está preparando algo. Pergunto o que é. Ele explica quesão os pedaços finais das pernas de porcos novos, sem os pés, que serão assados no fogo produzido porCalvados, aquele destilado francês de maçã. Voltamos ao Les Halles de metrô e fomos parar no tradicional restaurante "Au Pied du Cochon", famoso pela sopa gratinada de cebola que eles preparam. Pedimos "biére au pression" (nosso tradicional chopp...) e um prato de frios, que tinha salame, presunto, terrine e bacon, acompanhados de mini pepinos em conserva, pão francês (rs, rs, rs...) e manteiga. Depois veio a sopa de cebolas (soupe a l'oignon) e constatamos que é uma delícia! Aquela cobertura de queijo gratinado é tudo de bom! Segundo os manuais, a forma francesa de pedir ao garçon é: "une gratinée, s'il vous plait!" A conta: 53 euros (48 mais a gorjeta). Iniciamos nosso retorno ao hotel. Pegamos o metrô e fizemos uma baldeação para outro trem. Só que este parou duas estações depois que embarcamos, desligou os motores e apagou tudo! Era o fim da viagem! Descobrimos, então, que teríamos que mudar de plataforma e embarcar em outro trem. Foi o que fizemos. Seguimos até a lan house já nossa conhecida e depois fomos ao Aucham, onde compramos o café da manhã para o dia seguinte: água mineral, suco,leite achocolatado, pão e queijo, tudo por 6 euros e 25. Além disso compramos uma garrafa de vinho branco, uns biscoitinhos, uma embalagem com 24garrafinhas de molho vinagrete com sabores diferentes, para levar para o Brasil, além de duas garrafinhas de 200 ml cada, uma comCalvados (pronuncia-se "calvadô") e a outra comArmagnac (pronuncia-se "armanhaque"). Tomamos o trem de volta ao hotel, subimos, um bom banho, um vinho branco acompanhado de biscoitinhos e...cama!

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